domingo, 6 de setembro de 2015

Discografia





Publicado meu disco "Kentucky".

Encerra-se o ano de 2015.

Vida longa ao Rock.

Felicidades a todas as pessoas.




                      

Kentucky (2015)





                  
                              

Musicas para bailar (2011)






O velho e o novo (2008)


 





Pensamentos de um viajante solitário (2005)


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Som 13






Link som 13
http://som13.com.br/johnny-folk

Neste site é onde está melhor organizado e distribuido meu material, basta dar um click sobre a capa do disco e as musicas aparecem em ordem.

"O velho e o novo", quer dizer o som antigo feito nos dias de hoje ou o som feito nos dias de hoje querendo soar como antigamente, ou ainda eu já tão velho mais ainda tão novo ou tão novo mas vivendo como um velho.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Técnicas de composição

Tem um livro que gosto bastante que é o "Dentro do Rock" que são técnicas de composição e explicações de como nascem as canções e todos concordam em um ponto, já existe e está lá, basta acessar, os que conseguem são os que transcendem o tempo e o espaço, não existe véu que encubra nada, é como estar conectado em tudo e até em algo maior e inexplicavel e qualquer um pode fazer isso, sempre cito ele com frequência, gosto da parte que fala que escutar uma canção é escutar o mais intimo pensamento de alguém, ou ainda a parte que fala que uma canção tem o dom de deter o tempo uma breve fração do tempo, é uma citação dali, são várias coisas né, é força mental, força astral, inteligencia, desdobramento, e por ai vai...como diria Raul...”basta ser sincero e desejar profundo”, todo aquele que quer fazer musica penso eu que precisa ler muito e conhecer o velho mundo por dentro e por fora.
Gosto de escrever sobre bebidas, mulheres, jogos, cigarros, trapaças e confusões, não tem nada de mais, e são apenas os temas recorrentes do blues, só isso.

Já fazem dez anos desde meu primeiro disco e por muitas vezes penso na Helena Meireles e na história da vida dela e queria muito que acontecesse algo assim, lá no finzinho da minha vida as minhas musicas acontecerem, vamos ver.

A minha técnica de composição sempre foi andar com papel e caneta anotando tudo, as vezes me sento em um banco de praça ou algum lugar movimentado e começo a escrever sobre as pessoas que passam, tento decifrar o que trazem estampado no ser e fico imaginando onde estariam se pudessem não estar aqui e o que fariam de suas vidas se pudessem inverter tudo e modificar cada escolha cada passo que deram na vida, na maioria das vezes existe um tipo de bondade no olhar das pessoas, é como se elas entendessem o que estou fazendo ali, em outros casos escrevo para determinada pessoa pois eu gostaria de dizer certas coisas para certas pessoas e já não posso mais, as vezes a pessoa já nem está mais aqui e eu guardei aquela lembrança aquele sentimento, e na maioria das vezes a pessoa em questão vai viver e morrer e jamais vai saber que escrevi e cantarolei uma canção sobre ela.
Mas a maioria das vezes é apenas jogo de palavras mesmo.

É importante que toda composição seja feita a partitura da linha melódica e da letra e que seja feito o registro na Biblioteca Nacional no Rio De Janeiro, qualquer universidade oferece um meio de se fazer o registro autoral, tenho tudo registrado, estou finalizando meu disco e estou feliz, já estou nesta etapa e está muito bom, no domingo finalmente gravei “Tudo foi vencido” e ficou muito bom, os vizinhos fizeram silêncio, quase uma coisa religiosa, quase como se soubessem o que eu estava fazendo ali e fiquei feliz.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Ainda sobre composição

Perdi o sono na noite passada e me levantei já eram quatro horas, não entendo que se passa com meu corpo simplesmente não me obedece, aproveitei para andar pela casa no escuro em silêncio, fui no quintal e colhi erva cidreira, os cachorros levantaram e vieram me lamber as mãos achei o máximo fiz um carinho nas orelhas e disse a elas que ainda era noite e que voltassem dormir hehe...fiz um chá fui para outro quarto ver um filme e havia uma pilha de filmes que quero ver mas acabei revendo pela milésima vez "Piaff Um Hino de Amor", me sentia triste e romântico e chorei junto com Marion Cotilard ao receber a noticia da morte do Marcel Cerdan e eu percebi que a simples emoção o simples fato de a gente se emocionar com por exemplo uma cena bobinha de um filme...bom isso não é feio, o rock e a emoção caminham juntos lado a lado hehe.., bom quero dizer que o quanto mais a gente for capaz de se emocionar com pequenas coisas mais seremos capaz de captar poesia no ar ou ler nas entrelinhas ou antever melodias pelo pensamento ou ainda estar em comunhão com a própria alma e com o universo astral ao redor hehe..essa foi boa.
Quero dizer que para escrever um tema e cantarolar aquilo ali devemos ter dentro da gente um tipo de sensibilidade ou algum tipo de emoção aflorada, captar a emoção, gerar a emoção, tudo isso depende da gente dos passos que damos na vida, se estou bem escrevo coisas pra cima, se estou triste escrevo coisas melancólicas, se carrego as palavras de fúria é porque estou furioso e por ai vai.
Acho muito interessante a idéia de conseguir perpetuar um som, um pensamento ou uma vaga lembrança de sentimentos de alguém que um dia amou ou ainda um outro alguém que um dia se sentiu que estava em paz...ou ainda alguém rebelde provando uma vez mais para si próprio seus mais tenebrosos atos de rebelião...um tipo de rebelião de conto de fadas né, as musicas tem o dom de embelezar um pouco o velho mundo e divertir e distrair as pessoas.
A cena mais legal do filme é a cena em que ela reluta em receber um compositor e ele insiste em mostrar a tal composição pois vai para a guerra e vai lutar no front e ela ao escutar a tal canção fica espantada pois a letra é a vida dela.
Tem uma outra cena muito legal que é quando ela encontra com a Marlene Dietrich em um restaurante e ela parece uma criança quando vê papai noel, estas figuras quando se encontram se reconhecem no mesmo instante pois ambas sabem que compactuam da mesma energia e que vieram do mesmo lugar e que ambas gravitam em torno do mesmo ponto.
Em uma cena aparece a Piaff e ao fundo tem um quadro com uma fotografia da Billie Holliday eu achei aquilo de uma categoria infinita, como dizer....no lugar e na hora certa...a celebração de duas loucas juntas, pois a Billie Holliday acho foi ainda pior que a Piaff e ambas foram e não voltaram e se detonaram e viveram de fato a própria lenda e incorporaram aquilo ali e por fim viram que não tinha mais jeito pois não conseguiram ter vida própria e viveram apenas para a música e para a arte.
Na última cena ao subir ao palco estão na platéia nas primeiras filas o produtor que ensinou a ela vários truques e ele e a mulher dele enchem os olhos de lágrimas por perceber que ela havia se tornado a maior de todas e ao mesmo tempo era de fato a mais frágil criatura da face da terra e que seus dias a partir dali já estavam todos eles contados.
Gosto muito da canção "Non je ne regrette rien" assim como gosto bastante de "May Way" e ambas as canções possuem um tipo de lamento lirico um tipo de balanço final da vida, as duas são lindas e ambas conseguiram a proeza de vencer a barreira do tempo pois ainda hoje são musicas atuais e os sentimentos delas estão sempre nitidos e bem visiveis, as duas possuem um tipo de simetria como se uma olhasse para a outra e juntas se fizessem de pilares sólidos da música pop e exemplos a serem buscados e emulados o tempo todo mundo afora.

Gosto muito da frase..."Varridos os amores/ e todos os temores/ varridos pra sempre/ recomeço do zero" 

 Elvis "My Way"
https://www.youtube.com/watch?v=v9Zs8VJWE14

Elvis "Always on my mind"
https://www.youtube.com/watch?v=bE4P6TKgQD0

Piaf...última cena do filme.  
https://www.youtube.com/watch?v=jcGt15gSPks

Celebro o Rock no disco "Kentucky", na faixa "outono a canção dos trinta anos" em uma passagem minha filha canta comigo e gritamos..."O rock and Roll não morreu e ela diz...di novo pai!!!!
Na faixa "Billie Holliday" eu celebro ela e o estilo de viver, um cigarro e uma cerveja, mas eu particularmente não fumo e não gosto do cheiro e não bebo faz tempo.

Gravei discos a minha maneira e acho que fiz o melhor que pude e para mim está muito bom.




domingo, 19 de julho de 2015

"Everyday is like sunday"

Talvez esta seja uma das musicas que eu mais gosto ao lado de "True Blue" da Madonna, que também gosto demais, ou mesmo "This is just a modern Rock song" do Belle and Sebastian, ou até mesmo as musicas da Editt Piaff ou mesmo as lindas gravações que o Johnny Cash fez no final da vida, dos discos da série "American Recordings", gosto muito de tudo isso, gosto muito também das canções antigas do Roberto Carlos ou mesmo das produções limpas do Raul Seixas ou mesmo as composições introspectivas do Nick Drake ou até o lirismo de Nick Cave, enfim, tudo floreio para dizer uma única coisa, dizer da importância que tem a musica em si, boas produções garantem o funcionamento mágico de uma canção mas as vezes não é o suficiente, as vezes a própria canção precisa ela se sustentar sozinha e uma musica para se sustentar sozinha ela precisa inevitavelmente ter uma boa linha sentimental melódica, conseguir alinhar estas coisas é um ato de bastante reflexão e comunhão com a própria alma, hoje em dia me sinto pronto para fazer estas coisas.
Este instante da minha vida é um momento raro e único, se algum dia me senti assim não me lembro, me sinto em paz, feliz...feliz..., quando estamos bem com a gente tudo ao nosso redor reluz, somos a bagagem daquilo que fizemos, se fui  bom ou ruim, se fui justo e sereno, tudo isso ecoa ao nosso redor e faz da gente seres especiais, todos nós carregamos o céu e o inferno dentro da gente, das lembranças e das experiências, se tudo que fiz me trouxe até aqui inevitavelmente foi para este instante que me dirigi a vida toda.
Hoje gravei as vozes de algumas musicas que eu as tinha por prontas e certas, percebi tons na voz que antes eu não conhecia, como disse certa vez, na época da gravação do disco "O velho e o Novo", digo da composição do disco, mergulhei fundo em uma atmosfera sombria de livros que me levaram até este universo astral das portas da percepção e li todos estes grandes autores e inevitavelmente escrevi e cantarolei todos aqueles temas que são darks e eu sei fiz o melhor que pude, não há nada que se arrepender mas hoje em dia não escreveria sobre certos temas.
Meu amigo Flávio acabou não participando do disco e eu estou gravando tudo sozinho, aprendi a tocar guitarra e ficou muito bom, fiquei escutando as musicas do Morrissey e dos Smiths apenas para pegar detalhes de produção e percebi como neste clipe desta musica do inicio do post, percebi o som do contra baixo e vi que posso tocar baixo assim sem cerimonia e fiz isso e ficou bom, o Flávio tocou baixo no disco "Musicas  para bailar" e impôs um ritmo certeiro nas musicas, mas nestas musicas novas como disse, com exceção de "Outono, a canção dos trinta anos" e a musica que abre o disco "O Chamado", que considero uma grande musica, a gravação é meio tosca mas é proposital é uma batida primal e remete ao "Musicas para bailar" quero dizer que estas duas musicas são as caras rockeiras do disco pois o disco todo é mais lento e não tem este lance de contra baixo galopante, é mais discreto.
Escrevi centenas de musicas novas e gravo tudo com um gravador de bolso para não perder o fio da meada.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015




















Meu grande amigo Flavio me visitou no dia de ontem, como em um chamado espiritual..., e veio me visitar e disse...quero gravar as linhas de baixo, e eu disse, será um disco curto, entre nove dez musicas, é um disco bucólico rural, quase romântico, mostrei a ele as faixas "Tudo foi vencido" e ele disse haha...musica gospel..., linda..linda...linda canção..., quer dizer..quero dizer...fiquei cantarolando e batucando marcando os tempos e mostrando a linha melódica e ele disse..."Putz...que musica linda..." e depois mostrei uma canção antiga que já está pronta e será apenas assim..."O Sol"..hehe tem tantas musicas que se chamam apenas de o sol..., mas a minha diz assim..., não vou dizer é segredo, é tão linda e trata da separação e de continuar querendo bem e velando o outro a distancia.
Mostrei também uma canção que considero, quer dizer..quero dizer...eu gosto muito, é uma musica antiga e é o que me mantem neste trilho, nesta maldita trilha doentia, escrevo sobre os desvalidos, meus ídolos são os fracassados, os poetas as almas que se perderam e se desgarraram e ainda assim conservaram em si um tipo de sanidade, eu sou o maior admirador do surrealismo de André Breton e da insanidade de Antonin Artaud eu venero de todas as maneiras toda a poesia de Rimbaud e toda beleza do canto de Gerard D Nerval..., mostrei ao Flavio algumas faixas e ele fez o seguinte comentário...- Em que pé está? e eu disse..., fiz o mais difícil, já gravei as bases e já fiz e defini os andamentos e ele disse...bom...vamos mudar as coisas, o que você acha de eu trazer o meu baixo e gravar com ele, quero gravar as linhas de baixo e eu disse, bom, pode ser, porém já gravei e já bolei os arranjos e enfim...o meu baixo é acústico e gravo tudo microfonado, dá até para escutar meus dedos nas cordas e acho lindo, já o baixo do Flávio é elétrico e dá uma outra dinâmica, pois me atrai e muito o som orgânico mas nada impede de a gente fazer coisas mais elétricas e mais diretas, vamos ver, estou entusiasmado e já bolei a capa do disco e o nome e disse a minha mulher que disse...é legal, mas não liga as musicas a nada é meio vago, mas é bom....é um nome muito bom, é sereno.