sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Inicia-se o ano de 2016 e eu sigo cheio de projetos e expectativas para minha vida, continuo levando a vida que eu idealizei...me sinto distraído e triste...levemente intrestecido e neste exato momento escuto "Alma maters", Morrissey.

Vou gravar um disco em 2016 e a principio iria começar a pré produção...hehe é um parto...meus filhos são pequenos e não colaboram e me distraio e quando vejo ou estou jogando bola ou brincando de casinha hehe...é o máximo!! tento imaginar a vida que o Johnn Lenonn levou em New York criando o filho por cinco anos fazendo pão hehe o máximo!!!, minha filha é muito interessada em tudo em detalhes de produção e ensaios e tenta me acompanhar quando estou tocando hehe, pega uma meia lua e fica batucando, é muito parecida comigo e tenta entender o funcionamento de tudo hehe ...bom...fica complexo produzir algo assim...vamos ver, as musicas já tenho uma ideia e o disco também já tenho uma ideia, tenho um nome em mente e é muito legal, o máximo!!! mostrei a D. que disse...que horror!! vc vai usar uma foto minha e da tati e dar este nome, por favor né!!.

Queria muito produzir discos embalados por uma sonoridade tipo Beach Boys, que simplesmente adoro, escuto direto e fico analizando tipo "Sloop John B", com o contra baixo saltitando e ditando o ritmo..., mas também penso nos discos do Lou Reed ou ainda nos discos dos Smashing Pumpkins queria tanto fazer coisas assim, coisas que fossem capaz de perdurar....não sei ....não sei....os últimos discos do Morrissey e shows dele no youtube tem sido meus guias quero fazer coisas assim...ultra sofsticadas!!! mas dai penso nos discos do Dylan por exemplo, nos quatro primeiros e não sei exatamente onde estas benditas destas musicas se encaixam, acho que as musicas precisam de uma sonoridade impar e regulada hehe quero dizer reguladora, elas precisam trafegar dentro de uma sonoridade, dai é que vem o conceito de "álbum", onde uma canção se liga a outra através de um amálgama invisivel hehe...essa foi o máximo!, um exemplo é o disco "Astral Weeks", nota-se que há de fato um fio condutor ligando as musicas através da sonoridade, penso em fazer letras controlando as palavras, mas dai teria que aprender português e isso nem pensar tá bom assim...acho que na poética não existe ética e não existe regra para sentimentos é deixar que as coisas fluam, tem outro disco que gosto muito que o dos Cowboys Junkies "The caution Horses", a sonoridade toda ecoa e rebusca algo maior e espiritual e o disco foi gravado dentro de uma igreja, sem contar que é um ótimo disco para namorar hehe...enfim..tem tantos né , os discos do R.E.M ou mesmo os discos do Mercury Rev ou até dos Smiths, existe uma coisa ali, existe um lance ali, os mesmos músicos o mesmo estúdio o mesmo estado de espirito do compositor....acho que é isso e eu estou feliz...é um momento feliz...um momento de expectativa...vamos ver...o nome é simplesmente o máximo!!!! e foi meu filho quem falou.
O mais dificil de se produzir um som sozinho é este...mas em contrapartida as musicas vão criando uma identidade definitiva...tambem tenho escutado um box de quatro discos e são gravações do John Lennon, se chama "Antology" e enfim tem coisas incriveis, gosto muito de "Be my baby"  das Ronettes e essa gravação que o Phill Spector fez para o John Lennon, bom é um lance muito legal são camadas e camadas de instrumentos que formam uma sinfonia e a voz rasgante e poderosa do John Lennon vai pelo meio apaixonada, tempestuosa, fazendo desta canção uma das dez mais de todos os tempos, a voz do Lennon é sem igual e nestas gravações nota-se os experimentos dele, é como ir tateando, pois as musicas que entraram nos discos oficiais não são estas, mas dai vc percebe o caminho inverso e como ele chegou até lá que foi fazendo bases e mais bases e as demos dele poderiam figurar em qualquer disco oficial, isso é tornar-se o mestre, dispensar marcadores de tempo e domar as canções e as reiventar e fazer com elas aquilo que bem quiser....isso é para poucos.

Posso dizer com toda certeza que escrevi duas das mais legais canções que já escrevi na vida, uma delas me veio em sonho....sonhei que estava em um velório e ao meu redor Mariachis cantarolavam a canção e eu intrestecido a escutava e acordei eram quatro horas da madrugada e lembrei do sonho e escrevi a tal canção os Mariachis cantarolavam sob uma sepultura e o vocalista estava sentado debaixo de uma arvore aos pés da sepultura e usava um imenso sombrero e cantava aquilo de maneira apaixonada e melancolica e eu como em um passe de mágica me transferi para aquele ambiente e observei tudo em silencio e eu achei aquilo o máximo!!!! eu não sei como fiz isso mas eu estava lá igual ao personagem do livro do J.J Benitez, "A operação cavalo de troia cinco", em que o personagem embarca em uma máquina do tempo e volta uma semana antes da crucificação de Cristo....bom...a letra é singela e a melodia é triste mas arrebatadora.
A outra canção é melhor canção que já escrevi....é a musica mais legal...nunca mais vou fazer nada nem parecido....foi por puro acaso, musiquinha bobinha igual a punk, tres acordes, mas voltando igual a country music, é uma musica forte, não me define de maneira alguma, apesar de em algumas passagens eu cantar sobre coisas intimas sobre meu pai por exemplo ou até sobre meus filhos....é apenas letra de musica e o compositor tenta sempre voltar no tempo e fazer com que as coisas façam sentido, é como um jogador que vai mudando as cartas e trocando as ruins por outras melhores....bom....a musica é linda, é simplesmente um suspiro......se baseia toda, digo a estrutura toda é em cima da estrutura de alguns poemas de Robert Burns que gosto tanto, não musiquei os poemas dele e não roubei nada, mas trasferi...essa doi boa...algumas palavras e frases e ficou muito bom, gosto muito dos poetas romanticos e dos poetas simbolistas, Cruz e Souza  foi o mestre dos mestres,...as vezes ando pelo centro da cidade e vou até o palácio Cruz e Souza e entro e me sento por lá e reflito em silêncio e enfim....gosto tanto do Baudlaire e do Augusto dos Anjos, assim como gosto do Alvarez de Azevedo e adoro toda a poesia do Castro Alves....enfim..., obviamente gosto do Paul Verlaine e citei Rimbaud em várias musicas e enfim.... a musica em questão é uma composição introspectiva, na hora que escrevi pensei no Ian Curtis e pensei em uma letra dele em que ele dizia assim.../Mas o que é a vida então/ apenas distrações a beira do caminho...hehe ..quase isso...é melancólica e tanta o tempo todo fazer um balanço final da vida....nunca mais farei nada....nem parecido.

"Sloop John B"
Preste atenção no contra baixo, é o que conduz tudo, Braian Wilson foi e ainda é o mestre dos mestres.
https://www.youtube.com/watch?v=09dQmeB_NgU

Morrissey
https://www.youtube.com/watch?v=74BA7CUrGYw 

"Be my baby" Johnn Lennon
https://www.youtube.com/watch?v=YOjk9PImoLw


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